Também conhecida como "motherboard" ou "mainboard",
a placa-mãe é, basicamente, a responsável pela interconexão
de todas as peças que formam o computador. O HD, a memória,
o teclado, o mouse, a placa de vídeo, enfim, praticamente todos
os dispositivos, precisam ser conectados à placa-mãe para
formar o computador. Este artigo mostrará as características
desse item tão importante.Visão geral das placas-mãe
As placas-mãe são desenvolvidas de forma que seja possível
conectar todos os dispositivos quem compõem o computador. Para
isso, elas oferecem conexões para o processador, para a memória
RAM, para o HD, para os dispositivos de entrada e saída, entre
outros.
A foto a seguir exibe uma placa-mãe. Trata-se de um modelo Soyo
SY-KT880 Dragon 2. As letras apontam para os principais itens do produto,
que são explicados nos próximos parágrafos. Cada
placa-mãe possui características distintas, mas todas devem
possibilitar a conexão dos dispositivos que serão citados
no decorrer deste texto.
Item A - processador
O item A mostra o local onde o processador deve ser conectado.
Também conhecido como socket, esse encaixe não serve para
qualquer processador, mas sim para um modelo (ou para modelos) específico.
Cada tipo de processador tem características que o diferenciam
de outros modelos. Essas diferenças consistem na capacidade de
processamento, na quantidade de memória cache, na tecnologia de
fabricação usada, no consumo de energia, na quantidade de
terminais (as "perninhas") que o processador tem, entre outros.
Assim sendo, a placa-mãe deve ser desenvolvida para aceitar determinados
processadores. A motherboard vista acima, por exemplo, é compatível
com os processadores Duron, Athlon XP e Sempron (todos da fabricante AMD)
que utilizam a forma de conexão conhecida por "Socket A".
Assim sendo, processadores que utilizam outros sockets, como o Intel Pentium
4 ou o AMD Athlon 64 não se conectam a esta placa.
Por isso, na aquisição de um computador, deve-se escolher
primeiro o processador e, em seguida, verificar quais as placas-mãe
que são compatíveis. À medida que novos processadores
vão sendo lançados, novos sockets vão surgindo.
É importante frisar que, mesmo quando um processador utiliza um
determinado socket, ele pode não ser compatível com a placa-mãe
relacionada. Isso porque o chip pode ter uma capacidade de processamento
acima da suportada pela motherboard. Por isso, essa questão também
deve ser verificada no momento da montagem de um computador.
Para saber mais sobre processadores, clique
aqui.
Item B - Memória RAM
O item B mostra os encaixes existentes para a memória RAM.
Esse conector varia conforme o tipo. As placas-mãe mais antigas
usavam o tipo de memória popularmente conhecido como SDRAM. No
entanto, o padrão mais usado atualmente é o DDR (Double
Data Rate), que também recebe a denominação
de SDRAM II (termo pouco usado). A placa-mãe da imagem acima possui
duas conexões (ou slots) para encaixe de memórias DDR.
As memórias também trabalham em velocidades diferentes,
mesmo quando são do mesmo tipo. A placa-mãe mostrada acima
aceita memórias DDR que trabalham a 266 MHz, 333 MHz e 400 MHz.
Supondo que a motherboard só aceitasse velocidades de até
333 MHz, um pente de memória DDR que funciona a 400 MHz só
trabalharia a 333 MHz nessa placa, o máximo suportado.
Em relação à capacidade, as memórias mais
antigas ofereciam 4 MB, 8 MB, 16 MB, 32 MB, 64 MB, etc. Hoje, já
é possível encontrar memórias que vão de 128
MB a 1 GB de capacidade. Enquanto você lê este texto, pode
ser que o limite atual já esteja maior.
Para saber mais sobre memórias, clique
aqui. Para conhecer melhor a memória DDR, clique
aqui.
Item C - Slots de expansão
Item C - Slots de expansão
Para que seja possível conectar placas que adicionam funções
ao computador, é necessário fazer uso de slots de expansão.
Esses conectores permitem a conexão de vários tipos de dispositivos.
Placas de vídeo, placas de som, placas de redes, modems, etc, são
conectados nesses encaixes. Os tipos de slots mais conhecidos atualmente
são o PCI (Peripheral Component Interconnect)
- item C1 -, o AGP (Accelerated Graphics Port)
- item C2 -, o CNR (Communications Network Riser)
- item C3 - e o PCI Express (PCI-E). As placas-mãe mais
antigas apresentavam ainda o slot ISA (Industry Standard
Architecture).
A placa-mãe vista acima possui um slot AGP (usado exclusivamente
por placas de vídeo), um slot CNR (usado para modems) e cinco slots
PCI (usados por placas de rede, placas de som, modems PCI, etc). A tendência
atual é que tanto o slot AGP quanto o slot PCI sejam substituídos
pelo padrão PCI Express, que oferece mais recursos e possibilidades.
Item D - Plug de alimentação
O item D mostra o local onde deve-se encaixar o cabo da fonte
que leva energia elétrica à placa-mãe. Para isso,
tanto a placa-mãe como a fonte de alimentação devem
ser do mesmo tipo. Existem, atualmente, dois padrões para isso:
o ATX e o AT (este último saiu de linha, mas ainda é utilizado).
A placa-mãe da foto usa o padrão ATX. É importante
frisar que a placa-mãe sozinha consegue alimentar o processador,
as memórias e a grande maioria dos dispositivos encaixados nos
slots. No entanto, HDs, unidades de CD e DVD, drive de disquete e cooler
(um tipo de ventilador acoplado ao processador que serve para manter sua
temperatura em limites aceitáveis de uso) devem receber conectores
individuais de energia.
Item E - Conectores IDE e drive de disquete
O item E2 mostra as entradas padrão IDE (Intergrated
Drive Electronics) onde devem ser encaixados os cabos que
ligam HDs e unidades de CD/DVD à placa-mãe. Esses cabos,
chamados de "flat cables", podem ser de 40 vias ou 80 vias (grossamente
falando, cada via seria um "fiozinho"), sendo este último
mais eficiente. Cada cabo pode suportar até dois HDs ou unidades
de CD/DVD, totalizando até quatro dispositivos nas entradas IDE.
Note também que E1 aponta para o conector onde deve ser
encaixado o cabo que liga o drive de disquete à motherboard.
Existe também, um tipo de HD que não segue o padrão
IDE, mas sim o SATA (Serial ATA), como mostra a figura a
seguir.
Para mais informações sobre HDs, clique
aqui. Para saber mais sobre SATA, clique
aqui.
Item F - BIOS e bateria
Item F - BIOS e bateria
O item F2 aponta para o chip Flash-ROM e o F1, para a bateria
que o alimenta. Esse chip contém um pequeno software chamado BIOS
(Basic Input Output System), que é
responsável por controlar o uso do hardware do computador e manter
as informações relativas à hora e data. Cabe ao BIOS,
por exemplo, emitir uma mensagem de erro quando o teclado não está
conectado. Na verdade, quando isso ocorre, o BIOS está trabalhando
em conjunto com o Post, um software que testa os componentes de
hardware após o computador ser ligado.
Através de uma interface denominada Setup, também
presente na Flash-ROM, é possível alterar configurações
de hardware, como velocidade do processador, detecção de
discos rígidos, desativação de portas USB, etc.
Como mostra a imagem abaixo, placas-mãe antigas usavam um chip
maior para o BIOS.
Item G - Conectores de teclado, mouse, USB, impressora e outros
O item G aponta para a parte onde ficam localizadas as entradas
para a conexão do mouse (tanto serial, quanto PS/2), teclado, portas
USB, porta paralela (usada principalmente por impressoras), além
de outros que são disponibilizados conforme o modelo da placa-mãe.
Esses itens ficam posicionados de forma que, quando a motherboard for
instalada em um gabinete, tais entradas fiquem imediatamente acessíveis
pela parte traseira deste. A imagem abaixo mostra um outro modelo de placa-mãe
da Soyo, a SY-P4VGM, desenvolvida para o processador Intel Pentium 4,
que exibe esses conectores através de outro ângulo:
A disposição de entradas vista acima é semelhante
em toda placa-mãe que segue o padrão ATX. No antigo padrão
AT, esse posicionamento é de outra forma e alguns conectores são
diferentes.
H - Furos de encaixe
Para evitar danos, a placa-mãe deve ser devidamente presa ao gabinete.
Isso é feito através de furos (item H) que permitem
o encaixe de espaçadores e parafusos. Para isso, é necessário
que a placa-mãe seja do mesmo padrão do gabinete. Se este
for AT, a placa-mãe deverá também ser AT. Se for
ATX (o padrão atual), a motherboard também deverá
ser, do contrário o posicionamento dos locais de encaixe serão
diferentes para a placa-mãe e para o gabinete.
I - Chipset
O chipset é um chip responsável pelo controle de uma série
de itens da placa-mãe, como acesso à memória, barramentos
e outros. Principalmente nas placas-mãe atuais, é bastante
comum que existam dois chips para esses controles: Ponte Sul (I1)
e Ponte Norte (I2):
Ponte Sul (South Bridge): este geralmente é responsável
pelo controle de dispositivos de entrada e saída, como as interfaces
IDE ou SATA. Placas-mãe que possuem som onboard (visto adiante),
podem incluir o controle desse dispositivo também na Ponte Sul;
Ponte Norte (North Bridge): este chip faz um trabalho "mais
pesado" e, por isso, geralmente requer um dissipador de calor para
não esquentar muito. Repare que na foto da placa-mãe em
que esse chip é apontado, ele, na verdade, está debaixo
de uma estrutura metálica. Essa peça é dissipador.
Cabe à Ponte Norte as tarefas de controle do FSB (Front
Side Bus - velocidade na qual o processador se comunica
com a memória e com componentes da placa-mãe), da freqüência
de operação da memória, do barramento AGP, etc.
Os chipsets não são desenvolvidos pelas fabricantes das
placas-mãe e sim por empresas como VIA Technologies, SiS e Intel
(esta é uma exceção, já que fabrica motherboards
também). Assim sendo, é comum encontrar um mesmo chipset
em modelos concorrentes de placa-mãe.
Placas-mãe onboard
"Onboard" é o termo empregado para distinguir placas-mãe
que possuem um ou mais dispositivos de expansão integrados. Por
exemplo, há modelos que têm placa de vídeo, placa
de som, modem ou placa de rede na própria placa-mãe. A motherboard
estudada neste artigo possui placa de som (C-Media CMI9761A 6-channel)
e placa de rede (VIA VT6103 10/100 Mb/s Ethernet) integradas, ou melhor,
onboard. Por esta razão, os conectores desses dispositivos ficam
juntos às entradas mostradas no item G, visto anteriormente.
A vantagem de se utilizar modelos onboard é a redução
de custo do computador, uma vez que deixa-se de comprar determinados dispositivos
porque estes já estão incluídos na placa-mãe.
No entanto, é necessário ter cuidado: quanto mais itens
onboard uma placa-mãe tiver, mais o desempenho do computador será
comprometido. Isso porque o processador acaba tendo que executar as tarefas
dos dispositivos integrados. Na maioria dos casos, placas de som e rede
onboard não influenciam significantemente no desempenho, mas placas
de vídeo e modems sim.
As placas de vídeo, mesmo os modelos mais simples, possuem um
chip gráfico que é responsável pela geração
de imagens. Este, por sua vez, requer memória para tal, principalmente
quando trata imagens em 3D. Uma placa de vídeo onboard, mesmo quando
acompanhada de um chip gráfico integrado, acaba "tomando atenção"
do processador, além de usar parte da memória RAM.
Muito bom!
ResponderExcluirNo meu blog, tenho uma postagem que trata de algumas dicas de blog, faça uma visita e veja como poderá contribuir...